o relógio do meu computador marca 12:31 e não me apetece levantar o cu da cama, o resto também não, mas não me importava de pedir ao meu braço que se descolasse e me fosse buscar um copo com água, talvez dois.
a braqui tem de estudar, eu acho que também devia. mas para isso para além de me ter de ir buscar um copo de água o meu braço teria também de escalar as prateleiras do meu armário e trazer-me os livros e um café, porque não tarda estou a adormecer. e a culpa é de vocês serem tão aborrecidos.
se estivesse em lisboa e fosse novembro, pedia à kim, ela trazia-me o pequeno almoço à cama, abria gentilmente o estore e dizia-me o caminho para a banheira. mas é abril e há dias em que as manhãs em viseu conseguem quase ser mais cinzentas que lisboa, a diferença é que aqui cheira a terra húmida e em lisboa cheira a fumo e a pó. quer-se dizer, também depende, eu tinha uns vizinhos tão amáveis que, face à nossa falta de comida, de manhã, quando saía de casa, a escadaria do prédio cheirava a torradas e quando chegava, à noite, cheirava a guisado ou a presunto, a gordura, e aqui já não tinha inveja nenhuma deles.
como a vida é difícil, hein?
o que vale é que nós não usamos cuecas
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